A parede que fala: da explosão câmbrica até à extinção holocénica

Introdução da atividade

Relaciona-se a questão discutida na atividade prévia com o facto de os combustíveis fósseis serem recursos não renováveis, dado que necessitam de milhões de anos para se formarem e a quantidade existente na Terra apenas durar para algumas décadas ou, na melhor das hipóteses, poucas centenas de anos.

Em seguida, relaciona-se e explica-se o processo de formação de combustíveis fósseis (em particular do petróleo) ao longo das Eras geológicas, visualizando o seguinte vídeo:

.

A exploração histórica e temporal da formação do petróleo pode abordar informação como a seguinte:

• 70% dos depósitos de petróleo existentes hoje foram formados na era Mesozoica (entre 252 e 66 milhões de anos atrás);

• 20% foram formados na era Cenozoica (há 65 milhões de anos atrás) e;

• 10% foram formados na era Paleozoica (entre 541 a 252 milhões de anos atrás);

A introdução destas informações pode ser relacionada com a tabela cronostratigráfica internacional e ser representada no friso cronológico a produzir e a apresentar no final do projeto.

Aborda-se a importância dos fósseis como elementos fundamentais na reconstituição da história da Terra e introduz-se o conceito de Era Geológica. Exploram-se alguns exemplares marcantes de cada período histórico.

Divide-se a turma em 5 grupos e atribui-se uma unidade cronostratigráfica a investigar a cada grupo: Pré-câmbrico, Paleozoico, Cenozoico, Mesozoico e Holocénico. Informam-se os alunos que os grupos de trabalho devem manter-se, ao longo do período letivo, na realização das diferentes tarefas a propor.

Desenvolvimento da atividade

Ao longo de um período letivo, os alunos realizam um conjunto de tarefas para explorar o tópico/tema, pela ordem que se apresenta de seguida, numa lógica de trabalho centrado no aluno e monitorizado por diversos professores (CN, Biologia, Físico-Química, Matemática, TIC), que facultam todos os materiais necessários à realização (computadores, material para atividade experimental, produção de vídeo, etc).

Tarefa 1 - Pesquisa de informação sobre cada tema (Éon/Era/Época) atribuído

Cada grupo pesquisa, seleciona e discute informação relevante de cada tópico/tema atribuído com recurso ao computador e internet, manual escolar, entre outros suportes. Para tal, como auxílio à tarefa a realizar, distribui-se um Guião do Orientação (Guião do Aluno – ponto 2). Os professores monitorizam o trabalho em desenvolvimento de cada grupo, auxiliando os mesmos no esclarecimento de dúvidas, questionamento, explicação, sugestões de pesquisa.

Image

A tarefa indicada neste ponto considera-se finalizada após a validação de todas as pesquisas, seleção de informação pertinente (palavras) e elaboração de textos, frases, bem como de imagens selecionadas a usar na produção do friso cronológico.

Tarefa 2 – Simulação do processo de fossilização com gesso

Por forma a estudar a importância dos fósseis, a fim de conhecer melhor a história do planeta, realiza-se uma atividade prática experimental conforme Guião do Aluno (ponto 3).

Durante a atividade, explora-se o conceito de fossilização, relacionando-o com a formação das rochas sedimentares e sistematizando a noção com informação do manual escolar.

Os trabalhos produzidos pelos alunos serão e postos na “Parede que fala” e servirão para os alunos, no momento de apresentação do friso, explicarem o(s) processo(s) de fossilização.

Tarefa 3 - Observação dos fósseis e impressão em 3D

Depois de realizada a tarefa anterior, e após o tempo necessário para a “fossilização” do objeto trabalhado, os alunos procedem ao tratamento (“abrir o copo/gesso”) dos respetivos trabalhos para observarem os resultados.

Image

Discutem-se as caraterísticas e datação dos fósseis referentes às unidades estratigráficas atribuídas a cada grupo.

Os alunos pesquisam e selecionam fósseis para a impressão 3D, usando fontes de modelos 3D de licenciamento aberto (p.e. https://morphosource.org/).

Finalmente, realizam a impressão 3D de um exemplar por grupo (por exemplo, imprimir uma trilobite).

Tarefa 4 - Avaliação formativa

Como forma de avaliar as diferentes aprendizagens dos alunos e validar a informação a incluir no friso, solicita-se aos alunos (grupos) que respondam à atividade apresentada no Guião do Aluno (ponto 4). Os alunos resolvem a mesma em grupo e, posteriormente, o(a) professor(a) explora as respostas em grande grupo.

Desta tarefa resultam as frases a incluir no friso que constituirá a “Parede que fala”.

Tarefa 5 – Produção de vídeos

Com os textos produzidos por cada grupo (atividade proposta no ponto 1 e validada na tarefa anterior), os alunos preparam a gravação da apresentação do grupo sobre o tópico/tema atribuído. O vídeo produzido deverá abordar toda a informação relevante da temática atribuída e servirá de comunicação da mesma, de forma autónoma, na “Parede que fala”. Ou seja, será projetada/reproduzida sempre que alguém selecionar a opção a partir de um dispositivo disponibilizado junto da “Parede que fala”.

Todos os alunos devem participar na produção final do vídeo, apresentando uma parte da informação pesquisada pelo grupo, bem como a conceção do mesmo (usar o programa de edição – p.e. Adobe Premiere Pro – para recortar o vídeo, associar imagens, realizar a montagem final).

O(a) professor(a) terá como função a gravação e orientação da prestação dos alunos para garantir a qualidade do produto final (som, imagem, relevância da informação, estilo comunicacional, clareza da comunicação, sequência, etc.) e auxílio à conceção.

Tarefa 6 – Colagens e instalação do friso numa parede

Sendo a componente maker uma parte essencial desta atividade, sugere-se que os alunos se envolvam ativamente na construção do friso e instalação de todos os materiais na parede definida.

Image

Assim, apontam-se alguns materiais base e tarefas necessárias para a construção do friso:

• Recortar k-line

• Imprimir e colar imagens, palavras e frases

• Colocar fita adesiva de alumínio na parede para condução de corrente elétrica (a usar no Makey Makey)

• Ligar o Makey Makey a um computador portátil com um programa Scratch iniciado. O ficheiro Scratch poderá ser criado pelo professor, com os áudios resultantes dos vídeos produzidos pelos alunos, para iniciarem/reproduzirem de forma automática quando acionados os botões colocados na “Parede que fala”

• Colocar um projetor de chão com possibilidade de interação, ligado a um computador portátil com um programa Scratch iniciado. O ficheiro Scratch poderá ser criado pelo professor com os vídeos produzidos pelos alunos, para iniciarem/reproduzirem da forma automática que a interação do projetor permite

• Imprimir QR codes para fixar junto de cada temática trabalhada pelos diferentes grupos com informação em formato escrito (datas importantes do período histórico correspondente, principais acontecimentos, entre outros)

• Impressões 3D e simulações de fósseis: disponibilizar junto da “Parede que fala” os materiais desenvolvidos pelos diferentes grupos

Como ilustração de um possível produto final para a “A parede que fala”, consultar a imagem apresentada no ponto “Sobre a atividade”.

Importa que, depois de se selecionar a parede, se calcule a escala a adotar para o friso. Sugere- se para a construção do friso uma parede de comprimento de 5 metros e dois níveis de apresentação (ver imagem apresentada no ponto “Sobre a atividade”).

Image

Conclusão da atividade

Tarefa 7 - Apresentação da “Parede que fala”

O culminar deste projeto dá-se com a apresentação pública da “Parede que fala” por parte de

todos os alunos, a diferentes públicos:

• Alunos do mesmo ano de escolaridade

• Alunos de um ano de escolaridade inferior

• Professores de diferentes ciclos e áreas de ensino

• Encarregados de educação e comunidade educativa em geral

Image

Cada grupo apresenta os respetivos trabalhos ilustrados de diferentes formas (imagens, textos, palavras) na parede.

Vídeos produzidos pelos alunos